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quinta-feira, 7 de abril de 2016

Tarot 21 - Mundo



Depois de tanta coisa, tantas histórias, podemos ganhar o MUNDO!
Aqui um ciclo se encerra pois chegamos na última carta dos arcanos maiores. Aqui é quando a divisão pode renascer para a totalidade.
Nessa carta temos os 4 elementos representados no desenho (anjo – ar; leão – fogo; boi – terra; águia – água) porém, diferente do mago que possuía o conhecimento dos 4 elementos como ferramentas dispostas em sua mesa, aqui os elementos tomam vida dentro de nós, e deixam de ser ferramentas externas. É aquele momento que deixamos o conhecimento para que ele se transforme em sabedoria, sem forçar, ao contrário do Eremita que se isola, que sei em busca, aqui a sabedoria simplesmente é!
Mesmo porque, antes de adentrarmos os véus do esquecimento [que os hindus chamam de maia] tudo sabíamos. Achei incrível a relação embrionária com o ciclo de evolução do planeta. O embrião humano assemelha-se à um réptil, à um anfíbio e depois um mamífero, nos permitindo vivenciar esse ciclo que muitos cientistas afirmam ser o ciclo de evolução dos animais até chegar o surgimento dos complexos mamíferos. Portanto, todo, todo, todo conhecimento evolutivo de eras está dentro de nós!
E assim é a dança da vida! Iniciamos no escuro, do útero e, terminaremos no escuro, da terra. Essa vida circular com vários ciclos dentro de ciclos é o que nos impulsiona na espiral evolutiva e nos deixa diferentes à cada respiração, à cada passo, à cada dia, afinal, que graça teria se morrêssemos do mesmo jeito que nascemos? E nessa dança circular podemos experimentar muitas realidades, muitos lugares. Quando focalizo uma roda de dança circular sempre falo dos opostos de termos o direito e o esquerdo, mas estarmos no meio, de termos a cabeça cheia de sonhos mas os pés firmes na terra para poder realiza-los, sempre falo da possibilidade de ensinar e apoiar quem está do meu lado e está com dificuldade, e, que poderei contar com esse apoio quando a dificuldade for minha, sem vergonha do errar.
Esse aprendizado leva-se para a vida, entender que não somos perfeitos e sim harmônicos! Harmonia é saber [ter sabedoria] para dançar as imperfeições. É entender que podemos parar de reclamar que a noite é escura, fria e admirar a lua, as estrelas e, se o escuro te deixar paralisado de medo, que possas contemplar o nascer do sol ... ou, se o dia for muito claro que machuca a vista, muito quente, e for difícil de contemplas as cores que podemos ver, que possamos contemplar o pôr do sol. Assim é o MUNDO ... assim é uma pessoa que trilha, de verdade, o caminho do auto-conhecimento. Não deixamos de ter problemas, mas tentamos contemplar o que há de bom. Se nossa dor for maior e não nos deixar ver as coisas boas, respira! Entrega e confia! Logo a roda gira e uma nova realidade irá despontar no horizonte como o sol nascente [ou poente], logo a música para e uma outra irá começar.
Apesar a figura no centro, nosso ‘herói’, ter seios, não podemos afirmar que seja uma mulher, nem um homem. Nesse ponto da jornada essa separação de feminino e masculino já não tem importância, a unicidade é a chave. Um das experiências mais marcantes que tive de unicidade foi numa roda de dança circular com crianças, que elas perceberam como fica lindo a roda se movimentando junto, quando todos estão no mesmo movimento e, que, apesar de você continuar com o seu corpo, controlando seus pés, você é a roda! Um momento em que você não deixa de ser você e ainda assim é algo maior.
No mundo, também sabemos que logo a música pára e seguiremos nossa vida, voltando a ser “divisão” com o início de um novo ciclo, voltaremos a ser mago, sacerdotisa, imperatriz, imperador ...
Mas não vamos sofrer antecipadamente, afinal esse é o mal do século, não temos tempo de curtir o sucesso. Não nos dão tempo de curtir a conquista do diploma do ensino médio e já temos que enveredar na faculdade, mal conquistamos a faculdade e já vem as cobranças para as especializações, mestrado, doutorado. Sabemos que após a realização, que, ao atingir o cume da montanha, de alcançarmos um objetivo teremos que buscar outro objetivo a seguir, outra montanha para subir, mas, por hora, nos permitiremos a curtir nossa conquista, fincar nossa bandeira no alto da montanha... contemplar a vista! Vamos curtir a festa de formatura!
Os aborígenos australianos [que já estão praticamente extintos] faziam isso. Ao invés de comemorações de aniversário [que também é um encerramento e início de ciclo] comemoravam as conquistas, afinal, o bebê que aprende a gatinhar muda sua vida ... quando aprendemos a andar. Assim são os ciclos que nossa alma vive! Quando chegamos aqui sabemos que tudo mudou e nada mudou.
Sabemos que não somos mais os mesmos que iniciou o caminho. E, nunca mais seremos os mesmos magos de 21 semanas atrás. Quantas vivências! Quantas coisas! Quantas histórias! Quantas percepções!
Semana que vem volto com o LOUCO a vacuidade [ou Grande vazio] por hora, boas realizações!
SUCESSO! És merecedor de cada passo de sua jornada! Cada bênção vivida!
Boa semana!

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