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quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

Tarot 10 - Roda da Fortuna



E lá vamos nós para mais uma volta na espiral, depois do nosso louco iniciar essa jornada espiritual até chegar à sabedoria [Eremita], quando ele olha para si e resolve retirar as máscaras, o próximo passo é começar a roda de novo, mas, agora numa outra perspectiva, caminhando na eterna espiral evolutivo do SER rumo ao nada... ao Grande Vazio, ao COSMO.
A RODA DA FORTUNA nos indica novos inícios [kkkkk leia-se mudança] e, apesar de sentirmos que é repentino, que de repente nossa sorte muda e como diz a física “tudo que sobe desce”, essa guinada na vida não é ao acaso. Pela mitologia, as Moiras tecem nosso destino cautelosamente. Cada mudança, cada guinada de vida, cada novo ciclo na espiral é fiada por Cloto (a mais nova), medida por Láquesis (a maturidade) e cortada por Átropos (a sabedoria da anciã para encerrar as nossas histórias, daquela forma que mesmo com todo nosso apego, deixamos ir), formando assim nosso DESTINO. Diz a lenda que até mesmo Zeus, o deus dos deuses teme as Moiras.
Golden Dragon Deck
Quando caímos na roda somos arrastados por um turbilhão de mudanças e, seria ingênuo acreditar que há outra pessoa responsável pelas mudanças em nossas vidas do que nós mesmo. Se olhar bem para você, em algum momento desejou aquela mudança e, provavelmente o anjinho que estava passando realizou seu pedido. Claro que pode não ser exatamente como você montou o script mas, de alguma forma pediu/agiu para que essa guinada fosse possível. Assim é o destino ... assim é a roda kármica! Ela vem e nos impulsiona para remexer nossa vida, sir da estática do eremita, e, cabe a nós usar a sabedoria que adquirimos em nosso retiro e dançar essas mudanças dentro e fora da gente.
Lembrando da rainha vermelha gritando “cortem-lhe a cabeça”. Quando entramos na zona do Karma, respirar para reagir, apesar de fundamental e sábio, se torna fora de cogitação.  O coelho branco, que nos remete à portais de outras dimensões, que caminha apressado, sempre preocupado com a hora, nos mostra que o tempo é nossa prisão kármica... nossa prisão em ciclos de segundos, minutos, horas... enquanto que Alice, ao entrar no mundo das Maravilhas e viver uma fabulosa aventura, retorna ao mesmo lugar onde estava, praticamente no mesmo momento. O que é o tempo se atravessámos para outra dimensão? Dizem as leis esotéricas que ao romper a barreira da terceira dimensão, rompemos a barreira do tempo, e tudo se dá aqui e agora. Nessa reflexão me pergunto se o termo vidas PASSADAS é correto... ou seria tudo sendo vivido ao mesmo tempo, sem a noção de linearidade temporal...
Methamorphosis Deck
Bom a roda não tem linearidade, nem hierarquia e por isso sabemos que todos, todos mesmo passam por ela. Todos nós, enquanto espíritos decidimos vir ao planetinha azul para transcender a roda kármica e aqui estamos, girando vidas e vidas [para quem acredita em re-encarnação], ou mesmo na


mesma vida acontece de vivermos situações bem parecidas de novo e de novo, mudando o cenário, os personagens mas o roteiro é o mesmo e... lá vamos nós viver a mesma situação novamente...
Bem eu nesse momento! Depois de 5 meses com minhas coisas paradas num canto (ainda improvisado) lá vou eu iniciar o movimento de mudança para outro estado... iniciar uma história com um companheiro do mesmo signo do meu ex-marido. Eu me olho nesse mesmo roteiro e me pergunto o que me faltou aprender, se estou re-vendo, é porque eu devo ter reprovado nessa lição. Me olho e decido seguir caminhos diferentes ... agir de outra forma, afinal não sou mais a mesma [usar a sabedoria já adquirida no caminho]... ai ai ai!
E por isso, se nosso MAGO [01] que tinha o domínio dos 4 elementos decidiu embarcar nessa jornada, agora, no 10, que também é um 1, giramos essa escolha novamente, porém, agora mais conscientes do caminho a seguir. No tarot mitológico o mago é representado numa encruzilhada, mostrando que ele tem escolhas para seguir o caminho, até mesmo a opção de sentar e esperar, mas ele segue! Aqui, estamos no mesmo lugar, fomos levados a encerrar um ciclo e iniciar outro, mas agora podemos iniciar essa caminhada mais conscientes de qual caminho seguir, afinal já fomos até o final de um desses caminhos, podemos percorrê-lo novamente de uma forma diferente ou optar por fazer uma nova caminhada, novas paisagens, novos desafios...
Se a roda chegou a sua vida e balançou tudo, lembra do poeta “a vida vem em ondas como o mar” ou da química “no Universo nada se destrói, tudo se transforma”. Como na alquimia, deixe-se lapidar e, de carvão torne-se ouro! Se a roda girou muito rápido é porque você estava na beirada, bem longe do centro. Quando se está no centro a gente quase não sente o movimento da roda.
Eu me lembro uma vez num parque de diversões o “La Bamba”, uma atração que parecia um pandeiro, onde nos sentávamos na borda. A plataforma girava e eu nem precisa me segurar porque a força circular me deixava grudada no banco. E, um moleque (pessoa que faz molecagem) se levantou e foi ao centro. Lá ele ficava em pé, sem se segurar! Dava mortal, dançava. Eu mal conseguia me mexer, totalmente à mercê daqueles giros. Mas o aprendizado foi válido! Vi que no centro ele girava com a gente, mas não era arremessado para longe, girava mas permanecia senhor de si!
Gosto muito de falar que um mestre não é aquele que não sofre, não tem problemas... um mestre é um ser normal, com família, com conta pra pagar, com vizinhos, com gente querida que morre, e está sujeito à todos os problemas que todos estamos. A diferença é a forma de encarar esses problemas e as reações à eles. É estar no centro quando a roda gira!
Se a sua vida girou e tudo mudou... vá para o centro que conquistou no Eremita!
Viemos para o planetinha da dualidade, andar nos altos e baixos da vida. Então, assim como topamos entrar na montanha-russa cheia de curvas, subidas e descidas, levanta a mão, divirta-se... sabemos que o carrinho só vai parar quando a brincadeira terminar! E enquanto não termina, nos cabe curtir a jornada! Afinal de contas bom-humor sempre suaviza os desafios!
Boa semana! Iupiiiiii!

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