-->

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

Tarot 14 - TEMPERANÇA


Marselha Deck

Ciclos foram encerrados, transformações ocorreram e agora para ligar o velho e o novo chega a TEMPERANÇA. Ela segura 2 jarros na mão e verte água de um para o outro, simbolizando essa ligação entre os mundos (invisível e visível ; bem e mal; céu e terra), sendo assim, o anjo da TEMPERANÇA é a ponte. Se pensarmos nos números, o 14 é (1+4) um 5, ou seja, o PAPA, que também era uma ponte entre mundos, porém, agora, não se faz necessário as escrituras, as leis, o trono, o chapéu ou qualquer outro artifício externo ... agora temos um anjo, uma ligação direta.
Na mitologia esse arcano é representado por Íris, a deusa arco-íris, que é mensageira de Hera, trazendo as mensagens dos deuses para os mortais. Íris tem a permissão de andar entre os humanos, seja nos sonhos ou na forma de uma mortal. Talvez seja por isso que adoramos olhar o misterioso arco-íris que aparece no céu, ligando a chuva ao sol [água e fogo], e, talvez seja essa a simbologia do pote de ouro no final
Metamorphosis Deck
do arco-íris... o momento que conseguirmos misturar água e fogo em harmonia, sem perder a essência deles e ao mesmo tempo torna-los um só descobriremos o tão cobiçado pote de ouro!
O anjo da TEMPERANÇA vem nos ajudar nos processos de morte, é o anjo da guarda que vem nos proteger de nós mesmos quando nos colocamos em apuros, e, por isso é associada à nossa alma. Às vezes as transformações são tão profundas que precisamos para um pouquinho e respirar, lembrar quem somos e o que viemos fazer aqui no planetinha azul, entrar em contato com nossa alma, nossa essência... afinal, se morremos nosso ego, nossas crenças, os padrões sociais embutidos na gente, o que sobre é nossa essência. E, só isso basta para sermos felizes!
Eu, particularmente sempre tive receio de viver esse arcano. Sempre que eu chegava num momento
Kelava Deck
“temperança”, apesar de curtir a calmaria pós tempestade, aproveitar para respirar, já me batia o medo da próxima etapa ... o diabo, e as tentações do mundo material. Não que eu me pré-ocupe ou que eu tenha como padrão sofrer por antecipação mas porque sabemos que não podemos ficar na ponte [na temperança] temos que seguir a jornada. A ponte é somente parte do caminho.
Aqui podemos pensar no equilíbrio do feminino e masculino devido às cores dos cântaros. Como estudante do sagrado feminino e do sagrado masculino sei que em essência somos a mesma coisa, a mesma água que percorre os dois cântaros. Que, por mais que pareça que os homens são de marte e as mulheres de vênus [e, claro, vemos o mundo de forma diferente], o que as mulheres querem é o que os homens querem oferecer, e, o que os homens precisam é o que as mulheres sabem fazer sem a menor dificuldade, mas que na hora de executar as funções e cair no mundo prático discordamos, brigamos, nos decepcionamos ... daí cabe a
TEMPERANÇA, esse anjinho que aparece para equilibrar os opostos, como um arbitro desse jogo. Às vezes esse anjo chega através das minhas ações, às vezes chega em meu companheiro, e assim vivemos essa dança, como a água que verte de um cântaro para o outro e do outro para o um.
E esse momento de equilíbrio entre opostos é um bálsamos para as profundas transformações que tivemos na morte, que serão testadas adiante. Agora, o que nos cabe é aproveitar esse caminho do meio. Vivê-lo com toda a intensidade de nossa alma, saborear cada gotinha contida nesses cântaros adquirindo sabedoria para seguir a jornada do louco.
Bom caminho do meio!
Que saibamos percorrer o arco-íris! O pote de ouro está logo ali!

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Repercutiu algo em você? Conte, compartilhe! Seu comentário pode ajudar na reflexão de outras pessoas