E a semana da TORRE teve um
eclipse... um momento que ficamos no escuro, e desses momentos de escuridão nos
surge uma luz no fim do túnel, essa luz chamamos de ESTRELA... a esperança que
dias melhores virão, afinal, toda transformação é para que melhoremos.
A ESTRELA é aquele momento que
olhamos para o céu, em meio à quebradeira da Torre, e pedimos uma ajuda,
rezamos em silêncio para ter as forças necessárias para encarar os rompimentos,
encarar nossa construção que fizemos, tijolo por tijolo, ruindo à nossa frente.
E, por isso, aqui reconhecemos que existe algo maior, um lei divina que rege
nossa vida.
Ontem estávamos conversando sobre
“o destino” se ele realmente existe ou se somos livres para escolhermos o que
queremos, porque também temos a lei do livre arbítrio e, se somos livres para
escolhermos nossas vidas, que sentido existiria nas cartas do tarot? Existiria
um mapa nos céus prevendo nossos acontecimentos?
As estrelas são comumente
conhecidas como guias, seja como os reis magos que tiveram uma estrela indicando
o caminho a percorrer, ou os marinheiros que se norteiam pelas estrelas para
navegar os mares. No meu ponto de vista o destino é como um mapa de ruas onde
temos um lugar pre-determinado à chegar, mas escolher que caminho percorrer é
uma decisão nossa. A Estrela nos indicará o ‘onde’ mas não o ‘como’.
O tarot de Marselha retrata uma
jovem nua que aparenta não ter nem ideia de sua nudez, que não a usa com
malícia nem esconde suas imperfeições, retratando a ingenuidade que nos levou à
cair na torre, e, é através da leveza da criança mágica que podemos nos
recompor em meio aos destroços de nossas desconstrução. Aqui temos que
reconhecer a diferença entre nossa criança ingênua que morre no processo da
torre, a nossa parte que pode ser ludibriada e enganada, dando lugar à
inocência da criança mágica que é fluida, leve, espontânea.
Aqui nos encontramos desnudos de
nossa pequena personalidade, o que possibilita um contato verdadeiro com nossa
essência, com quem somos sem nos importar com o sobrenome tradicional, ou nossa
profissão, ou o bairro nobre que moramos. Afinal, se nosso ego morreu na torre,
aqui nos resta somente nossa essência. E, é com essa parte espontânea, livre de
padrões que temos nossos pedidos atendidos quando rezamos aos deuses de nossa
crença.
Nesse estágio recuperamos nosso
equilíbrio, aqui a mulher-estrela encontra-se em harmonia com os 4 elementos
(terra, água, fogo e ar) retratados na imagem, nesse estágio não há esforço,
humildemente a mulher na carta aceita as águas como vem e trabalha com o que
lhe cabe nos cântaros. Assim, efetuando, mesmo que pequena, uma mudança no
caráter e na corrente de águas que fluem irrigando os campos férteis de nossa
psique.
Na mitologia grega, na estrela
temos Pandora que, mulher, assim como Eva, se depara com algo proibido, mas
impossível de resistir... o conhecimento da realidade da vida humana. Pandora
abre a arca e libera uma nuvem negra que se espalha pela humanidade, restando,
no fundo da arca a ESPERANÇA. Pandora não necessita atravessar montanhas, ou
mares turbulentos em busca da esperança, ela simplesmente está ali, assim como
as estrelas estão no céu. Porém, só teremos nosso pedido atendido se o
fizermos. Assim é. A fonte está sempre jorrando, basta que façamos um movimento
para receber as bênçãos do Mais alto.
Portanto, após toda essa jornada,
se faz necessário saber o que se quer. Deixar nosso pedido à postos para lançar
aos céus quando uma estrela cadente aparecer. Portanto, coração aberto para
guiar os pedidos, olhos atentos para enxergar a estrela.
Boa semana! Cheinha de estrelas
no seu céu!
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