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quarta-feira, 9 de março de 2016

Tarot 17 - Estrela



E a semana da TORRE teve um eclipse... um momento que ficamos no escuro, e desses momentos de escuridão nos surge uma luz no fim do túnel, essa luz chamamos de ESTRELA... a esperança que dias melhores virão, afinal, toda transformação é para que melhoremos.
A ESTRELA é aquele momento que olhamos para o céu, em meio à quebradeira da Torre, e pedimos uma ajuda, rezamos em silêncio para ter as forças necessárias para encarar os rompimentos, encarar nossa construção que fizemos, tijolo por tijolo, ruindo à nossa frente. E, por isso, aqui reconhecemos que existe algo maior, um lei divina que rege nossa vida.
Ontem estávamos conversando sobre “o destino” se ele realmente existe ou se somos livres para escolhermos o que queremos, porque também temos a lei do livre arbítrio e, se somos livres para escolhermos nossas vidas, que sentido existiria nas cartas do tarot? Existiria um mapa nos céus prevendo nossos acontecimentos?
As estrelas são comumente conhecidas como guias, seja como os reis magos que tiveram uma estrela indicando o caminho a percorrer, ou os marinheiros que se norteiam pelas estrelas para navegar os mares. No meu ponto de vista o destino é como um mapa de ruas onde temos um lugar pre-determinado à chegar, mas escolher que caminho percorrer é uma decisão nossa. A Estrela nos indicará o ‘onde’ mas não o ‘como’.
O tarot de Marselha retrata uma jovem nua que aparenta não ter nem ideia de sua nudez, que não a usa com malícia nem esconde suas imperfeições, retratando a ingenuidade que nos levou à cair na torre, e, é através da leveza da criança mágica que podemos nos recompor em meio aos destroços de nossas desconstrução. Aqui temos que reconhecer a diferença entre nossa criança ingênua que morre no processo da torre, a nossa parte que pode ser ludibriada e enganada, dando lugar à inocência da criança mágica que é fluida, leve, espontânea.
Aqui nos encontramos desnudos de nossa pequena personalidade, o que possibilita um contato verdadeiro com nossa essência, com quem somos sem nos importar com o sobrenome tradicional, ou nossa profissão, ou o bairro nobre que moramos. Afinal, se nosso ego morreu na torre, aqui nos resta somente nossa essência. E, é com essa parte espontânea, livre de padrões que temos nossos pedidos atendidos quando rezamos aos deuses de nossa crença.
Nesse estágio recuperamos nosso equilíbrio, aqui a mulher-estrela encontra-se em harmonia com os 4 elementos (terra, água, fogo e ar) retratados na imagem, nesse estágio não há esforço, humildemente a mulher na carta aceita as águas como vem e trabalha com o que lhe cabe nos cântaros. Assim, efetuando, mesmo que pequena, uma mudança no caráter e na corrente de águas que fluem irrigando os campos férteis de nossa psique.
Na mitologia grega, na estrela temos Pandora que, mulher, assim como Eva, se depara com algo proibido, mas impossível de resistir... o conhecimento da realidade da vida humana. Pandora abre a arca e libera uma nuvem negra que se espalha pela humanidade, restando, no fundo da arca a ESPERANÇA. Pandora não necessita atravessar montanhas, ou mares turbulentos em busca da esperança, ela simplesmente está ali, assim como as estrelas estão no céu. Porém, só teremos nosso pedido atendido se o fizermos. Assim é. A fonte está sempre jorrando, basta que façamos um movimento para receber as bênçãos do Mais alto.
Portanto, após toda essa jornada, se faz necessário saber o que se quer. Deixar nosso pedido à postos para lançar aos céus quando uma estrela cadente aparecer. Portanto, coração aberto para guiar os pedidos, olhos atentos para enxergar a estrela.

Boa semana! Cheinha de estrelas no seu céu!

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